09-11-2022

SEGUNDO O CAMPEÃO: Apoiar países com poucos recursos nos programas de defesa da humanidade é investir na sobrevivência de cada Estado

O Campeão Africano em Gestão de Riscos e Desastres Naturais, Presidente Filipe Jacinto Nyusi, afirmou que os países menos desenvolvidos investem na adaptação e resiliência climática, mas a sua capacidade financeira é muito limitada e, consequentemente, existe pouca possibilidade de terem sucesso, apesar das melhores intenções. Porque as mudanças climáticas não têm fronteiras e nenhum país pode escapar, entende que apoiar estes países nos programas de defesa da humanidade é investir na sobrevivência de cada Estado.

O estadista moçambicano falava esta terça-feira, 08, num evento paralelo de alto nível muito concorrido, organizado por Moçambique em parceria com a União Africana, à margem da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas COP 27 que decorre em Sharm El Sheikh na República Árabe do Egipto.

“Enquanto o mundo continua mais simpático em relação a assistência pós-desastres, existe a grande necessidade de financiamento às acções antecipadas e de adaptação”, realçou.

O Campeão assegurou que o Governo moçambicano juntamente com os outros países do continente cobertos pela floresta do miombo está engajado na procura de parcerias robustas para a implementação da Declaração de Maputo sobre Miombo; do Centro Operativo Humanitário e de Emergência da SADC, estabelecido em Nacala e de outras iniciativas de resiliência climática.

Para além do Presidente Nyusi, integraram o painel o Presidente da Comissão da União Africana; Presidente do Banco Mundial; Director- Geral da Organização Mundial de Meteorologia; Directora do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos e Desastres, ambos em representação do Secretário- Geral da ONU; Presidente da Confederação Internacional da Cruz Vermelha e a Vice-Presidente da Angola. Mas também estiveram no pavilhão os Presidentes da República do Botswana e da República do Malawi.

A imagem retrata o Presidente Nyusi a apresentar a “sua filha” Rosita, agora jovem de 22 anos, que teve a sorte de nascer em cima de uma árvore aonde a mãe subiu para escapar da fúria das águas das cheias do ano 2000.