O Governo moçambicano está empenhado em conservar a biodiversidade e melhorar as condições de vida das comunidades locais, sobretudo os que residem nas zonas tampão. Com efeito, novas áreas de conservação comunitárias estão a ser criadas no país, o que poderá incrementar não só a protecção de espécies em risco de extinção, mas também a prática de turismo baseado na natureza e consequentemente a geração de renda para as famílias.
Esta informação foi partilhada pela Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, que falava este domingo, 05, em Marselha na França, num painel de alto nível para um debate subordinado ao tema “Grandes Ambições Para Áreas Protegidas: Transformando as Promessas em Acções”, no âmbito do Congresso Mundial de Conservação, que decorre de 03 a 11 de Setembro corrente.
Grandes ambições para áreas protegidas é um conjunto de compromissos assumidos pelos líderes mundiais visando antigir, até o ano 2030, a meta de conservação de 30 por cento da biodiversidade no planeta, também conhecida como meta 30X30.
A meta faz parte de um movimento designado “Campanha pela Natureza” envolvendo pouco mais de 100 organizações conservacionistas em todo o mundo e convocando legisladores a se comprometerem a proteger pelo menos 30 por cento da biodiversidade no planeta até 2030; ajudar a mobilizar recursos financeiros para garantir que as áreas protegidas sejam administradas de maneira adequada e; a abordar a conservação da biodiversidade de uma forma que integre e respeite a liderança e os direitos das comunidades locais.
Estes esforços poderão resultar num novo acordo ambicioso e voltado para a natureza tendo em vista a 15ª Reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre a Diversidade Biológica a realizar-se em Kunming, na China.